Brancura
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Narrado por:
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Mauro Ramos
Sobre este áudio
Neste breve romance em que a atmosfera onírica se mescla à transcendência, um homem começa a dirigir sem rumo e, desconhecendo as próprias motivações, conduz seu carro até uma floresta. Logo escurece e começa a nevar. Obedecendo à lógica trágica e misteriosa que opera nos pesadelos — ou no encontro inescapável com o destino —, em vez de procurar ajuda, ele decide se aventurar pela mata escura, onde se depara com um ser de brancura reluzente.
Como as vozes que o protagonista escuta em sua errância, tudo nesta breve narrativa é ao mesmo tempo estranho e excessivamente familiar. Num jogo de claro e escuro, concreto e sublime, Jon Fosse tensiona a escrita num fluxo de consciência que escala depressa para uma voltagem inesperada, tragando o leitor e fazendo-o experimentar fisicamente a radicalidade de seu projeto literário.
Considerado um dos maiores escritores europeus da atualidade, frequentemente comparado a Beckett, Ibsen e Bernhard, Fosse é dono de uma vasta obra que se debruça sobre questões existenciais como a morte, o amor, a fé e o desespero. Sua escrita é construída de modo a replicar o ritmo e a repetição de uma oração, e a precisão obsessiva de seu trabalho fez com que ele ultrapassasse os limites do estilo para forjar algo próximo de uma nova forma literária, na qual a relação com a metafísica vai além do conteúdo, inscrevendo-se também na composição formal. Por isso, a experiência de ler seus livros é comparável à da meditação.
A singularidade da voz de Fosse também se deve ao fato de que ele é um dos poucos autores a escrever em neonorueguês, ou nynorsk — variante minoritária da língua, uma compilação de dialetos falados sobretudo na costa da Noruega e criada em meados do século 19, durante o nacional-romantismo.
Brancura é a primeira obra de Jon Fosse após Septologia, o monumental romance que o consagrou como um clássico contemporâneo. Meticulosamente traduzido por Leonardo Pinto Silva, que soube preservar o lirismo e a oralidade do idioma original, esta breve narrativa é uma excelente porta de entrada para a literatura do maior autor norueguês vivo e uma experiência literária única.
©2024 Jon Fosse (P)2024 Fósforo editoraO que os ouvintes dizem sobre Brancura
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Geral
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Execução
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História
- Felipe Araujo
- 15/12/2024
Atmosfera imersiva
Em um tom intimista, somos conduzidos pelos meandros de uma consciência que desperta para uma nova, e disruptiva, realidade.
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Geral
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Execução
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História
- Louise
- 26/08/2024
O dizer sem dizer
O livro demanda do leitor uma leitura atenta e sensível, mas oferece em troca uma experiência literária profundamente enriquecedora.
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Geral
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Execução
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História
- Gustavo Arruda
- 22/10/2024
Mediano
Achei o texto muito repetitivo, talvez faça mais sentido no idioma original. Ou talvez seja o estilo do autor… enfim, achei overrated.
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Geral
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Execução
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História
- Pedro Leite da Silva
- 21/11/2024
Repetição.
O livro dá mil voltas, sem que a narrativa encontre um ponto de repouso. Repetitivo, sem que a narrativa encontre conclusões claras.
Embora proponha uma reflexão a respeito da própria existência, pensamentos e destinos, as reflexões são rasas e óbvias. Quase uma poesia forçada e clichê.
Achei fraco, bastante superestimado. Me decepcionou.
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Geral
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Execução
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História
- Kindle Customer
- 26/07/2024
Agonia infinita e decepção
Fiquei feliz quando finalmente os personagens se calaram. "Sim, sim, siiiiiiiiim". Esperava que o tal misterioso fosse espancar a mãe e o personagem... esta obra é importante para refletir sobre os "prêmios". O autor pode escrever o que quiser. Mas qual o papel das editoras? Leem as obras antes de imprimi-las e publicá-las? Basta o "prêmio", o nome e uma capa bonita? A teoria do medalhão do BC...
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Geral
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Execução
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História
- Ton Fernando
- 22/11/2024
sério isso?
sinceramente acho que qualquer pessoa poderia ter escrito este livro. o maior livro de 60 páginas que já vi.
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