A busca de uma vida completa parece ser uma finalidade em disputa com nossa finitude. Não à toa, o tempo se tornou o recurso humano mais valioso, assim como a construção de uma vida que faça sentido dentro daquilo que acreditamos ser bom, justo e em concordância com nossos planos e expectativas. O curso traz reflexões em torno do que entendemos por uma vida completa hoje, dos "o quês" e "por quês" dessa plenitude, até propostas da filosofia para a construção de relações menos ostensivas com aquilo que esperamos (e podemos esperar) de nós e do mundo no tempo que nos resta.

Aula 1 | O que buscamos na vida?

Quais são os dois modelos de berços civilizatórios? Quais são as duas formas culturais básicas de lidar com a realidade? Qual a implicação desses modelos e formas no que buscamos?

Aula 2 | A relação entre tempo e desejo, indivíduo e pessoa

Quais são as narrativas míticas basilares do Ocidente e de conjunturas contracoloniais que contribuem para caracterizar a relação entre o tempo e a vida?

Os impactos do tempo nos contextos cosmofóbico e cosmofilico. Qual é a consistência do indivíduo? O que caracteriza uma pessoa? Como esses dois conceitos que organizam a corporeidade humana manifestam a vida?

Aula 3 | O desamparo, a falta e a completude

É possível uma vida completa? O que significa completude num contexto ontológico de desamparo? Ou seja, se nascemos constituídos pela falta, como podemos aventar a possibilidade de uma vida completa?

Aula 4 | Propósito da vida

A partir da filosofia dagara, como podemos compreender o propósito da vida e o que uma pessoa busca? Existe uma “metodologia existencial” para buscar o propósito mais adequado para cada pessoa?

Renato Noguera é professor do Departamento de Educação e Sociedade do Programa de Pós-Graduação em Filosofia e do Programa de Pós-Graduação em Educação, Contextos Contemporâneos e Demandas Populares da UFRRJ. Graduou-se em Filosofia pela UFRJ, é mestre em Filosofia pela UFSCAR e doutor pela UFRJ. É pesquisador do Laboratório de Estudos Afro-Brasileiros e Indígenas (Leafro), sediado na UFRRJ, e coordenador do Grupo de Pesquisa Afroperspectivas, Saberes e Infâncias (Afrosin). Escreveu, entre outros livros: "Por que amamos: O que os mitos e a filosofia têm a dizer sobre o amor" (2020), "Mulheres e deusas: Como as divindades e os mitos femininos formaram a mulher atual" (2018), "O Ensino de Filosofia e a Lei 10639" (2015) e "Nana e Nilo: que jogo é esse?" (2012).