Lanternas ao nirvana
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Narrado por:
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Felipe Franco Munhoz
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Carol Rodrigues
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Richard Mattos
Sobre este áudio
Tendo o mundo pandêmico como palco, Lanternas ao nirvana é um audiolivro de vanguarda, que combina narrativa, poesia e texto dramático.
A estreia de Felipe Franco Munhoz, com o livro Mentiras (2016), recebeu comentários, por exemplo, do escritor Raimundo Carrero–“Grande, belo e corajoso livro. Lições de diálogo”–e do poeta e tradutor Paulo Henriques Britto–“Belo trabalho de metaficção”.
A respeito do livro seguinte de Franco Munhoz, Identidades (2018), Caetano Veloso se disse “fascinado”: “Um livro assim pequeno, pensei que fosse ser lido de uma sentada. Mas é poesia–e poesia não é curta se o livro é curto. Nunca encontrei nada parecido dentre as coisas que pessoas jovens me dão para olhar. [...] Mesmo as rubricas de indicação de cena são poesia. [...] Identidades tem um lugar único na literatura brasileira contemporânea.”
Em 2022, Franco Munhoz transforma, novamente, palavras em palcos–ou palcos em palavras?–para forjar e encenar Lanternas ao nirvana. Entrelaçando poesia e dramaturgia, o autor segue investigando luzes e sombras: incididas tanto nas minúcias do ser humano quanto na expansão da linguagem.
O palco do audiolivro é o mundo pandêmico entre março de 2020 e janeiro de 2021. Cada trecho acompanha uma data: indicando o dia exato do início de escrita do trecho em questão. O poema “Segundo andar: defronte, estou” abre o audiolivro com certa inocência, com um olhar ingênuo que busca pequenas coisas, detalhes no confinamento; olhar que, de certo modo, não era capaz de compreender a dimensão do futuro próximo.
Ao mesmo tempo que se descortinam, de certo modo, arcos narrativos, e em que aparecem estribilhos e personagens ficcionais, Lanternas ao nirvana também escancara bastidores criativos: elaborado no isolamento social radical de seu autor (isolamento de 312 dias completos, durante a pandemia da Covid-19), lança ao ouvinte a pergunta: houve transformações no estilo e nas ideias influenciadas pelo tempo e pelo próprio confinamento?
Lanternas ao nirvana é um audiolivro fragmentado: cada fragmento se revela tanto peça do quebra-cabeça quanto corpo independente. É possível que seja o mesmo abismo já visitado pelo autor, mas talvez a queda, agora, seja um pouco mais breve e, paradoxalmente, um pouco mais profunda.
“‘Parêntesis’ [parte de Lanternas ao nirvana] é estupendo. Tão vívido e visual. Lê-se feito um filme na mente.”—Liz Calder
“Diálogo na caverna da quarentena ao som de Miles Davis, ‘Parêntesis’ é escarpado–com a opacidade característica dos textos de Felipe Franco Munhoz, que sempre nos deixam atordoados.”—Manuel da Costa Pinto
“Lê-se à maneira de Deception, de Philip Roth: com a diferença de que é sobre amor verdadeiro; e as referências intertextuais com Miles Davis e Platão fazem com que a leitura seja uma espécie de caça ao tesouro. Tão poético quanto filosófico, ‘Parêntesis’ poderia ser lido, também, como um longo poema bem-sucedido.”—Aimee Pozorski
“‘Até que a noite’ [parte de Lanternas ao nirvana] não é só um lindo poema, é uma profecia arrepiante.”—José Castello
©2022 Felipe Franco Munhoz (P)2024 Editora Record Ltda