O termo tekoá se refere, num primeiro momento, a uma aldeia do povo tupi-guarani, mas, para além disso, diz respeito sobretudo ao modo de existir. A ideia se expande para além do território em direção ao que se convencionou chamar de ética na tradição do pensamento ocidental. O curso apresenta as ideias e propostas dessa tradição a respeito da relação humana com a natureza e com si mesma, sobretudo nas dinâmicas de diferenças, de poder, da vida em comum e da memória como catalisadora de conhecimento. Longe de qualquer fetichização, a proposta é apresentar também de forma crítica como registros e saberes ancestrais puderam vicejar frente às violências colonizadoras muito em função de sua própria potência.

Aula 1 | Introdução ao bem-viver e sua origem na cultura indígena (~30 minutos)

Apresentação do conceito de bem-viver (tekoá, sumak kawsay e suma qamaña). Origens e significados na cultura indígena. Importância do bem-viver como uma filosofia de vida.

Aula 2 | Princípios do bem-viver na vida cotidiana

Exploração dos princípios fundamentais do Bem-Viver, como harmonia, equilíbrio e reciprocidade. Como os indígenas aplicam esses princípios em suas vidas. Exemplos práticos de como podemos incorporar esses princípios em nossa própria vida.

Aula 3 | Bem-viver e o meio ambiente

A relação intrínseca entre o Bem-Viver e o meio ambiente. Práticas de preservação ambiental em culturas indígenas. O papel da sustentabilidade e do respeito pela natureza no Bem-Viver.

Aula 4 | Desafios e aplicação do bem-viver na sociedade contemporânea

Discussão sobre os desafios de aplicar os princípios do Bem-Viver nas sociedades urbanas e modernas. Exemplos de iniciativas que promovem o Bem-Viver no mundo contemporâneo. Reflexão sobre como podemos incorporar o Bem-Viver em nossas vidas e comunidades.

Kaká Werá é escritor, ambientalista e tradutor. É descendente do povo tapuia e acolhido pela comunidade guarani, com a qual desenvolve uma extensa pesquisa histórica, linguística e cultural. Envolvido em processos educativos, atua na valorização, no registro e na difusão dos saberes ancestrais de povos indígenas.