• CNa#048: Bilhetes | Conto de Horror

  • Aug 28 2024
  • Duração: 26 minutos
  • Podcast

CNa#048: Bilhetes | Conto de Horror

  • Sumário

  • Gilca encontra um bilhete preto em cima de sua cama ao sair do banho, o significado disso pode mudar sua vida de formas inimagináveis… Classificação indicativa 14 anos. Contos Narrados. Aqui você encontra mais um conto sonorizado produzido pelo do RPG Next. Coloque seu fone de ouvido e curta! ▬ Autor: Vinicius Mendes Souza Carneiro. ▬ Narração: Shelly. ▬ Masterização, sonorização e edição: Rafael 47. Contos Narrados apresenta, “Bilhetes", um Conto de Horror. Começou em um dia normal, ensolarado, dia lindo, pra ser sincera. Acordei pela manhã, fui até o banheiro e tomei um baita banho quente, daqueles nos quais o box fica todo embaçado, sabe? Devo ter passado ao menos meia hora curtindo o momento, saí do banheiro e me enxuguei. Havia depilado as pernas no dia anterior e, apesar de não recomendado, o banho quente estava satisfatório. Meu nome é Gilca, tenho trinta e dois anos, cabelos escuros e encaracolados, cachinhos de mola, segundo mainha. Meus olhos são castanho-escuros como os cabelos, minha pele é branca, tenho lábios nem finos e nem grossos, e o nariz é um pouquinho redondo, sabe? Um dia faço plástica! Mesmo sob protestos de meu companheiro Valter. Não sou gorda nem magra e meço 1,68m. Ao vestir minhas roupas de trabalho notei algo diferente. Sempre que entro no banheiro deixo tudo já separado antes, dessa forma não perco tempo, sendo assim, sabia que era algo novo, deixado lá durante meu banho. Ao lado do vestido jazia um envelope preto, e em seu centro havia um olho aberto desenhado em tinta branca. Curiosa, abri rapidamente o item, será que era coisa de Valter? Com seu trabalho noturno mal nos víamos, e àquele horário da manhã ele ainda não deveria ter chegado. Puxei o bilhete que vinha dentro: “Nas gordinhas de ondina.” Nada mais estava escrito. Moro na Pituba, um bairro de Salvador na Bahia, meu pai deixou esse apartamento de herança pra mim, caso contrário não teria dinheiro para uma casa aqui. Trabalho na Barra. Costumo passar pela avenida oceânica todos os dias, então as Gordinhas de Ondina, monumento referência composto por três estátuas de mulheres gordas em um canteiro próximo à orla do local, era paisagem trivial. Humm, curiosa com isso, viu... Terminei meus preparativos e peguei o elevador, meu carro aguardava no primeiro estacionamento. O trânsito estava como sempre, insuportável, fiz o trajeto em pelo menos meia hora, pois a curiosidade era grande, queria ver o que o monumento tinha a ver com minha vida hoje. Há um cruzamento em “T” com sinaleira em frente às estátuas, curiosamente o sinal fechou na minha vez de passar e tive visão plena do que acontecia ali. No primeiro momento julguei que não veria algo diferente, havia uma senhorinha caminhando em direção à UFBA (Universidade Federal da Bahia), um garoto de skate, um mendigo sentado aos pés de uma estátua. Não havia nada fora do normal... até que vi. Foi repentino, um pedestre andava ao lado de uma das gordinhas, por algum momento não consegui desviar mais a atenção dele, foi quando um buraco na calçada o fez desequilibrar, ao tentar ficar em pé torceu o tornozelo e tombou para o lado da pista, o ônibus que vinha por ali não teve como desviar e suas rodas estouraram o crânio dele como uma fruta madura. A cena foi horrível, em choque não consegui me mover dali até o buzinaço começar atrás de mim. Parcialmente catatônica fiz o trajeto até o trabalho, tanto que ao parar o carro quase não percebi um segundo bilhete que descansava no banco do passageiro. Trêmula, peguei o segundo envelope e o coloquei na bolsa, não iria abrir aquele mau agouro de maneira nenhuma. Fui até minha sala no escritório de contabilidade no qual trabalho e fiquei ali amuada por alguns momentos. Então Rita entrou: - Tu tá com cara de fantasma menina, o que aconteceu? Rita era minha amiga ali, conversávamos sobre tudo, parceiros, desejos, fofocas e qualquer assunto que fosse colocado.
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