Muitas famílias pediram-nos que lêssemos o livro da moda. E nós lemos o livro da moda. No fundo, o açaí dos livros.

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Neste episódio de dizer bem dissemos bem do clássico Matadouro Cinco. And so it goes.

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Saiba tudo o que nunca quis saber sobre o casamento de Jorge Nuno Pinto da Costa e Filomena Pinto da Costa pela voz do organizador e assessor de imprensa do casal Rui Simões. Sintam-se felizes porque ser rico e famoso não é tão fácil como dizem. Por exemplo, nunca terão o vosso assessor a escrever um livro sobre os vossos problemas conjugais. Nem um podcast de duas horas a discutir o mesmo. Também não terão malas Louis Vuitton, contas na Suíça e um apartamento extra à frente do vosso para mandarem o vosso amante se ele ressonar muito.

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Neste episódio falamos sobre o excelente livro "Temporada de Furacões" da escritora mexicana Fernanda Melchor e de mais umas dezenas de livros de que nos fomos lembrando.

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O autor João Antunes Pardelho parte dos veículos motorizados que possuiu para contar a sua autobiografia. Tudo acontece a este homem honesto e inocente. Os carros ajudaram-no a ir do ponto A para o ponto B. Mas com um preço muito elevado. Mostraram-lhe aquilo que o Homem tem de mais negro.
João Antunes não teve sorte ao nível automobilístico. Mas será isso importante? Naquilo que importa foi feliz. No meio de toda adversidade automobilística que teve de enfrentar não estava sozinho. Enquanto lidava com o inferno mecânico tinha a Detinha ao seu lado. Percorreram os dois a península Ibérica dentro de veículos amaldiçoados. E, a cada contrariedade, apenas ficaram mais fortes e unidos. Nada supera isso. Carros são apenas carros. Objectos. Por mais riscados, multados, abalroados por carrinhas ou atacados por cães enraivecidos são apenas o invólucro de um grande amor. Lancem os maus-olhados que entenderem. Nunca conseguirão abalar o conforto que construímos dentro do nosso lar de chapa.
Ouçam o episódio. Nem vão acreditar no carro número 6. Já tiveram carros com mau-olhado?

Ouçam o episódio. Nem vão acreditar no carro número 6.

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E hoje mais uma recomendação do car*lho. Quem conseguir ouvir este episódio até ao fim, ganha um desconto exclusivo para poder adquirir os "Contos Carnívoros" na Flâneur.

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"A Dieta de Auschwitz," da editora Ariana, é um livro que foi muito famoso durante um dia na internet. A sua publicação causou consternação. Para citar Rodrigo Guedes de Carvalho na sua crónica na TVMais, era mais um sinal de que "o mundo está a enlouquecer a passos largos."

Muitos julgaram esta obra pela capa. E bem. Mas na realidade ninguém chegou a saber o que é que estava lá dentro. Seria um livro de receitas baseado na experiência de morar num campo de concentração? Um conceito absurdo na altura, mas que hoje facilmente seria vendido como um conceito de experiência de restauração inovador para nómadas digitais tipo restaurante de leite com cereais.

Seria Emília Pinheiro apenas uma pessoa perturbada que insistia em tentar ver o copo meio cheio de uma das maiores tragédias da história da humanidade aplicando a máxima infame "ok, aquilo foi horrível, mas eles até estavam elegantes"? E o que é que terá indignado Rodrigo Guedes de Carvalho e outros internautas? O nome infeliz da editora? O facto de alguém ousar tentar lucrar às custas da barbárie que foi o Holocausto? Isso sim, seria uma falta de vergonha. Para citar Rodrigo Guedes de Carvalho a propósito de outro assunto, mas que também se aplica a este, "Tenham noção!" A Shoah é um tema demasiado sério. Não sejam abutres. Sobretudo porque este livro precedeu a publicação de "O Tatuador de Auschwitz", "O Carteiro de Auschwitz", "O Farmacêutico de Auschwitz", "As Costureiras de Auschwitz", "As Gémeas de Auschwitz", "Os Bebés de Auschwitz", "A Ruiva de Auschwitz", "O Fotógrafo de Auschwitz", "A Bibliotecária de Auschwitz", "A Rapariga de Auschwitz", "O Gestor de Redes Sociais de Auschwitz" e "O Mágico de Auschwitz". Estes livros provaram-nos que, afinal, até se pode usar o nome de um campo de concentração para comercializar livros e que até é uma falta de respeito para com as vítimas desta tragédia não a aproveitar para dinamizar o mercado editorial. Se o mercado pede, passa a ser moral.

Mas a "Dieta de Auschwitz" surgiu antes disso e muita gente julgou este livro sem saber de que tratava. Isso acabou. Fomos conhecer este livro para além do prato de batatas que aparece na sua capa infame. E a conclusão a que chegámos está algures dentro do ficheiro audio em anexo.

Deixámos um pequeno blooper a meio. Não vão saber bem o que aconteceu, porque só se ouve. Mas queríamos introduzir emoções fortes neste podcast.

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Hoje recomendamos "O Mapa e o Território", um clássico moderno e vencedor do Prémio Goncourt da autoria do polémico Michel Houellebecq. Isto é um podcast em que avaliamos livros e não o aspecto físico de intelectuais franceses. Em retrospectiva lamentamos alguns juízos desnecessários. Isto não é um concurso de beleza.

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