Estagnação espiritual

Leitura: Hebreus 5

Seleção

Hb 5.11Há muito mais que gostaríamos de dizer a esse respeito, mas são coisas difíceis de explicar, sobretudo porque vocês se tornaram displicentes acerca do que ouvem. 12A esta altura, já deveriam ensinar outras pessoas, e no entanto precisam que alguém lhes ensine novamente os conceitos mais básicos da palavra de Deus. Ainda precisam de leite, e não podem ingerir alimento sólido.

Observação

Muitas vezes, ouvimos pessoas dizerem que sentem que sua vida espiritual não avança. Ficam estagnadas, sem compreender plenamente a Palavra de Deus, vivendo uma fé superficial. Essa realidade não é nova. No trecho destacado, o autor confronta os leitores por sua falta de crescimento espiritual. Apesar do tempo que tinham na caminhada cristã, ainda necessitavam de ensino básico, incapazes de progredir para um entendimento mais profundo acerca das realidades espirituais.

Amadurecer espiritualmente significa deixar de lado uma fé infantil, que depende sempre do básico, e avançar para um relacionamento mais profundo com Deus. Isso não acontece apenas com conhecimento, mas também com prática. É como um bebê que precisa crescer e aprender a se alimentar sozinho. Da mesma forma, Deus nos chama a amadurecer, desenvolvendo discernimento e aplicando Sua Palavra em nossas vidas diárias.

O amadurecimento também tem um impacto coletivo. Como igreja, somos chamados a ser uma comunidade que encoraja uns aos outros a crescer. O ensino e o compartilhamento da Palavra de Deus são responsabilidades de todos, não apenas de pastores ou líderes. Nossa fé deve ser viva, ajudando a fortalecer os irmãos e levando outros a Cristo.

Hoje, pergunte a si mesmo: "Estou crescendo espiritualmente?" O apelo do autor da carta aos Hebreus nos desafia a deixar a preguiça espiritual e buscar maturidade. Persevere no estudo e na meditação da Palavra, pratique a fé e compartilhe o que Deus tem feito em sua vida. O chamado é claro: avance para um nível mais profundo de fé e seja usado para a glória de Deus. Não permaneça onde está. Cresça!

Petição

Senhor, não permita que eu fique estagnado na caminhada de maturidade. Ajuda-me a ser cada dia mais parecido contigo.

Aplicação

Buscarei o amadurecimento intencionalmente.

O medo da morte

Leitura: Hebreus 2

Seleção

Hb 2.15Só dessa maneira ele libertaria aqueles que durante toda a vida estiveram escravizados pelo medo da morte.

Observação

O medo da morte é uma das mais profundas angústias humanas. Ele atormenta a mente e rouba a paz, levando muitos a viverem como prisioneiros, evitando pensar no fim de suas vidas e tentando controlar o inevitável. No verso destacado, vemos que Jesus veio para nos libertar dessa escravidão imposta pelo medo da morte. Com Sua própria morte e ressurreição, Ele quebrou as correntes que nos prendiam a esse medo.

Isso porque Jesus não apenas venceu a morte, como também destruiu o poder de Satanás, que usava a morte como uma arma contra nós. Desde a queda de Adão, Satanás buscava a destruição do homem, trazendo condenação e separação de Deus. Mas Cristo, ao morrer por nós, pagou o preço do pecado e nos reconciliou com o Pai. Ao fazer isso, Ele retirou a arma da morte das mãos de Satanás e nos libertou do medo que tanto nos atormentava.

Mesmo que a morte física ainda faça parte da experiência humana, para o cristão ela já não carrega o mesmo peso. Agora, ela não é um ponto final, mas uma passagem para a vida eterna. Em Cristo, temos a segurança de que nada pode nos separar do amor de Deus, nem mesmo a morte (Romanos 8.38-39). Ele transformou o terror da morte em um portal para a glória eterna.

Essa verdade nos convida a viver com coragem e esperança, sabendo que a nossa vitória já foi conquistada por Cristo. Somos chamados a agradecer e celebrar a vida eterna que temos nEle, confiando que o preço dessa liberdade já foi pago. Agora, podemos descansar na certeza de que a morte foi vencida, e que em Jesus somos verdadeiramente livres.

Petição

Senhor Jesus, obrigado porque me fizesse livre. Ajuda-me a expressar minha gratidão Te louvando todos os meus dias.

Aplicação

Exercitarei a gratidão e o contentamento.

Paz em meio às incertezas da vida

Leitura: Hebreus 1

Seleção

Hb 1.3O Filho irradia a glória de Deus, expressa de forma exata o que Deus é e, com sua palavra poderosa, sustenta todas as coisas. Depois de nos purificar de nossos pecados, sentou-se no lugar de honra à direita do Deus majestoso no céu

Observação

Em um mundo marcado por incertezas e inseguranças, muitas vezes nos sentimos perdidos, vulneráveis e ansiosos. Tentamos controlar nossas vidas o máximo possível, planejando e organizando cada detalhe, mas, inevitavelmente, surgem situações que fogem do nosso alcance. É nesse contexto que precisamos nos lembrar de uma verdade profunda e consoladora: Deus é soberano e mantém o controle de todas as coisas em Suas mãos.

O autor da carta aos Hebreus (que não sabemos quem é) nos diz que Jesus, o Filho de Deus, é o resplendor da glória de Deus e aquele que sustenta todas as coisas por meio de Sua poderosa palavra. Ele não apenas criou o universo, mas também o sustenta de maneira ativa e constante. Isso significa que, mesmo quando tudo parece fora de controle, o Senhor está no comando, governando soberanamente sobre tudo o que existe. Saber que Ele cuida de cada detalhe – desde as vastas galáxias até os eventos cotidianos de nossas vidas – traz uma paz que nada mais pode oferecer.

A soberania de Deus é o fundamento da nossa confiança. Quando enfrentamos dificuldades, doenças, ou desafios que nos deixam ansiosos, precisamos lembrar que não estamos sozinhos. O Deus que sustenta o universo com Sua palavra também sustenta nossas vidas. Ele está sempre presente, trabalhando para o bem daqueles que O amam e chamando-nos a confiar e descansar nEle.

Portanto, exercitar nossa confiança em Deus é essencial. Isso significa entregar a Ele nossas preocupações, crendo que Ele está no controle. Devemos enxergar cada desafio como uma oportunidade para fortalecer nossa fé e descansar na certeza de que o Senhor, em Sua sabedoria e bondade, está sempre conduzindo todas as coisas para Sua glória e para o bem de seus filhos.

Petição

Senhor, ajuda-me a descansar nessa verdade.

Aplicação

Exercitarei o descanso em Deus.

Dia 6 - À espera pelo fruto

Leitura: Gálatas 6

Seleção

Gl 6.7Não se deixem enganar: ninguém pode zombar de Deus. A pessoa sempre colherá aquilo que semear. 8Quem vive apenas para satisfazer sua natureza humana colherá dessa natureza ruína e morte. Mas quem vive para agradar o Espírito colherá do Espírito a vida eterna. 9Portanto, não nos cansemos de fazer o bem. No momento certo, teremos uma colheita de bênçãos, se não desistirmos. 10Por isso, sempre que tivermos oportunidade, façamos o bem a todos, especialmente aos da família da fé.

Observação

Não é possível plantar sementes de maracujá e colher mamão. Assim como não é possível semear desejos carnais e colher bênçãos. A lei da semeadura é real, e tudo aquilo que plantarmos, colheremos.

Paulo é muito claro ao dizer que quem vive para satisfazer os desejos da natureza humana colherá ruína e destruição. Pessoas que vivem uma vida de imoralidade sexual, idolatria, hostilidade, discórdia, ciúmes, raiva, ambições egoístas, inveja, bebedeira e festas desregradas, definitivamente, não colherão uma vida de bênçãos. As consequências de seus atos virão cedo ou tarde. E, caso não se arrependam desses caminhos maus, como o apóstolo disse no capítulo 5, não herdarão o Reino de Deus.

Por outro lado, aqueles que vivem uma vida de obediência a Deus colherão não somente as bênçãos nesta vida, como também herdarão a vida eterna. Por isso, como Paulo diz, devemos fazer o bem incansavelmente.

No entanto, muitas vezes não temos tanta paciência para esperar os frutos. Plantamos uma vida de obediência e de boas obras, mas o fruto das bênçãos demora a aparecer. Por isso, acabamos nos frustrando e, tantas vezes, nos decepcionamos. Mas a orientação também é clara nesse sentido: não se canse, nem desista de fazer o bem.

Escrevo essas linhas olhando para o pé de maracujá no quintal de minha casa. Lembro quando eu e minha filha mais nova, Laura, plantamos as sementes. Parecia que aquela pequena árvore, que logo apareceu, não resistiria. Lutava bravamente para sobreviver aos ataques de insetos. Hoje, alguns meses depois, é uma trepadeira frondosa e... cheia de frutos.

Não podemos desanimar. Mesmo que as pessoas demonstrem ingratidão para conosco, mesmo que nos decepcionem... Façamos o bem sem olhar a quem. E eu diria também que devemos fazer o bem sem mesmo esperar os frutos da obediência. Devemos plantar sementes de amor, sobretudo, porque fomos amados primeiro. Portanto, nosso papel é, simplesmente, corresponder Àquele que nos amou, espalhando essas sementes de amor.

Petição

Senhor, ajuda-me a ter a paciência para esperar os frutos. Não permita que eu desanime ou desista de espalhar as sementes de amor.

Aplicação

Continuarei exercitando o amor ao próximo.

Dia 5 - Carne X Espírito

Leitura: Gálatas 5

Seleção

Gl 5.16Por isso digo: deixem que o Espírito guie sua vida. Assim, não satisfarão os anseios de sua natureza humana. 17A natureza humana deseja fazer exatamente o oposto do que o Espírito quer, e o Espírito nos impele na direção contrária àquela desejada pela natureza humana. Essas duas forças se confrontam o tempo todo, de modo que vocês não têm liberdade de pôr em prática o que intentam fazer.

Observação

Nessa carta, o apóstolo Paulo confronta dois grandes problemas. O primeiro, como mencionado nos dias anteriores, estava relacionado ao ensino de falsos mestres que argumentavam sobre a necessidade de cumprir a Lei de Moisés para alcançar a salvação. Outro problema era justamente o oposto. Pessoas que viviam imersas na imoralidade, utilizando-se da liberdade conquistada por Cristo para satisfazer os desejos da carne. Nos versos destacados, Paulo aborda exatamente essa questão, afirmando que há duas maneiras de viver: ou deixamos que o Espírito Santo nos guie, ou nos entregamos aos desejos de nossa natureza humana.

Você deve recordar do capítulo 2 desta carta, no verso 20, quando o apóstolo declara que já não era mais ele quem vivia, mas era Cristo quem habitava nele. Claramente, ele era conduzido pelo Espírito Santo e, apesar de seus desejos lutarem para conquistar seu coração, Paulo havia submetido toda sua vida ao senhorio de Cristo e, por isso, O obedecia.

A natureza carnal exerce grande influência sobre nossas vidas. O pecado nos atrai, prometendo prazeres inigualáveis. E aqueles que são guiados por seus próprios desejos colherão consequências, como Paulo mesmo cita nos versos 19 a 21: imoralidade sexual, sensualidade, ciúmes, raiva, desejos egoístas, inveja, bebedeira e outros. Por outro lado, pessoas guiadas pelo Espírito Santo produzem um diferente tipo de fruto, conforme apresentado nos versos 22 e 23: amor, alegria, paz, paciência, amabilidade, bondade, fidelidade, mansidão e domínio próprio.

Se você é um leitor atento, já imagina a pergunta que vou lhe fazer: quem tem sido seu guia? Quem tem conduzido sua vida? Seus próprios desejos carnais? Ou o Espírito Santo? Não é difícil fazer essa auto-avaliação. Basta observar seu comportamento dos últimos 15 dias. Definitivamente, fomos libertos pelo sangue de Cristo para vivermos uma vida que O agrade. E não precisa ser um teólogo para saber que uma vida direcionada pelos desejos carnais não é a vida que agrada Jesus. Se somos de fato livres, fomos libertos da escravidão do pecado. Não mais precisamos viver para satisfazer nossos desejos carnais. Agora, vivemos para agradar Àquele que nos amou primeiro.

Por isso, experimente viver uma vida livre dos desejos da natureza humana. Gradualmente, você verá que a influência da carne sobre sua vida diminuirá e, ao mesmo tempo, você conseguirá experimentar o que é uma vida guiada pelo Espírito Santo. Assim, então, você poderá vivenciar o que são, de fato, os prazeres inigualáveis.

Petição

Senhor, quero ser guiado pelo Teu Espírito. Ajuda-me a me libertar dos desejos da carne.

Aplicação

Lutarei contra meus desejos carnais.

Dia 4 - Escravo das emoções

Leitura: Gálatas 4

Seleção

Gl 4.7Agora você já não é escravo, mas filho de Deus. E, uma vez que é filho, Deus o tornou herdeiro dele. 8Antes de conhecerem a Deus, vocês eram escravos de supostos deuses que, na verdade, nem existem. 9Agora que conhecem a Deus, ou melhor, agora que Deus os conhece, por que desejam voltar atrás e tornar-se novamente escravos dos frágeis e inúteis princípios básicos deste mundo?

Observação

Antes de Paulo chegar à Galácia, o povo que habitava naquela região era pagão e adorava outros deuses. Conforme o apóstolo destacou, eram escravos desses supostos deuses que sequer existiam. Com a chegada do Evangelho, essas pessoas estavam sendo libertas daquela escravidão, pois a salvação estava alcançando-as. No entanto, mestres do judaísmo ensinavam sobre a necessidade de observar a Lei de Moisés. O resultado disso era um novo tipo de escravidão. O povo havia sido liberto, mas estava caindo em outro tipo de prisão. Tinham sido adotados por Deus como filhos amados, mas estavam abrindo mão da liberdade para se entregarem, voluntariamente, ao cárcere da Lei de Moisés.

Um escravo é alguém que não pode exercer sua vontade própria; que é obrigado a cumprir a agenda de seu senhor. Por mais que queira, não consegue viver efetivamente sua liberdade. E é exatamente isso que tem acontecido com cristãos mundo afora. Eles foram libertos do passado, adotados na família de Deus, mas voltaram a um sistema escravagista.

E um dos tipos mais comuns de escravidão é aquela imposta por nossas próprias emoções, especialmente as negativas. Sentimentos como medo, raiva, culpa, inveja e ansiedade têm dominado, torturado e aprisionado as mentes de milhões de filhos de Deus. Embora o preço de sua liberdade já tenha sido pago por Cristo, eles não conseguem se libertar de pensamentos que acabam controlando suas ações e, principalmente, suas reações.

Assim como um peixe submerso que não enxerga a água, muitos filhos de Deus vivem no cárcere de suas emoções sem perceber. Perderam o brilho nos olhos devido ao medo do amanhã. Não conseguem expressar empatia e amor ao próximo, pois são infelizes e insatisfeitos com sua própria vida. São críticos porque, na verdade, estão cheios de inveja e precisam diminuir os outros para se sentirem um pouco melhor. Frustrados com a situação de suas vidas, culpam quem está ao redor. Enfim, as possibilidades são inúmeras.

Jesus nos prometeu vida em abundância, e definitivamente, os escravos não experimentam isso. E você? Tem experimentado a abundância de uma vida livre e cheia do amor do Pai? Ou tem sido torturado pelos grilhões das emoções? Saiba que você já foi liberto da escravidão; talvez só precise se dar conta disso e apropriar-se dessa liberdade. Lembre-se: Jesus pagou o preço para que você e eu fôssemos livres e vivêssemos como filhos amados de Deus.

Petição

Senhor, ajuda-me a reconhecer possíveis senhores que têm me escravizado. Ajuda-me a viver a liberdade plena que o Senhor me concedeu.

Aplicação

Vou refletir mais sobre minhas emoções.