De restos, resista para existir.

A partir dos atravessamentos, permita que os acontecimentos  virem encantamentos.

Dos encantamentos surgirão agradecimentos e só então, o merecimento tomará forma.

Para que você autorize que o merecimento aconteça será preciso aprender a mudar o foco. Além disso, será preciso aprender a parar quando a vida tiver pressa, não compactuando com a correria do dia-a- dia. Em paralelo, para que o merecimento tome forma será preciso aprender a correr quando o assunto for proteção.

Para merecer é necessário se movimentar, pois merecer é acolher o silêncio e se autorizar o autorrespeito.

Merecer é se reconectar com as emoções e se afetar pelo outro e ser afetado. Continua e envio meu agradecimento profundo por você ter caminhado comigo nesta travessia. Se tem vida, tem jeito. Karina Okajima Fukumitsu

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Este podcast recebeu o patrocínio de Dotfilms @dotfilms.

Agradecimento especial para Gabriela Ribeiro Sabio de Melo, minha filha espiritual, pela travessia compartilhada.

Texto e Produção: Karina Okajima Fukumitsu

Edição: Dotfilms

Pela primeira vez na vida, tenho sentido que estou recebendo as retribuições e colhendo tudo o que semeei, plantei e cuidei.

Deixe a vida entrar porque se ela entrou é sinal que você é capaz  - essa foi a conclusão que tive.

Recebi o presente do patrocínio da Dotfilms, além disso, tenho vivido momentos de ternura e de generosidade de atitudes de outras pessoas, fato este que me fortalece em minha existência.

Que possamos nos aproximar de pessoas “que curam” e de “pessoas medicinais”.

Continua e vem comigo nesta travessia. Se tem vida, tem jeito. Karina Okajima Fukumitsu

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Apesar das perdas provocarem ameaças, elas também convocam a proteção. É o processo de aprendizagem acontecendo na tentativa de se unir frente à fragmentação. Por instinto de sobrevivência, reagimos à ameaça e ao mesmo tempo, a ameaça nos impulsiona para uma necessidade de proteção e de segurança, nos faz desejar retornar àquilo que é seguro e já conhecido e demanda uma reorganização. 

Quando você está perdido é comum sentir que perdemos o GPS (global position system), não conseguimos ser bússola e perdemos o norte de nossas existências e entramos em crise existencial. Percebemo-nos confusos e perdidos e julgamos que não daremos conta.

Mas, na travessia, lembre-se que você deve estar em primeiro lugar na sua agenda e será pela apreciação das diferenças é caminho de veredas estreitas que possibilitam o novo em nossas vidas. 

Continua e vem comigo nesta travessia. Se tem vida, tem jeito. Karina Okajima Fukumitsu

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Recomposta das pancadas e, levando em consideração minha frase “a cada pancada na vida, se dê dois agrados”, decidi entrar na fase de valorizar quem sou, respeitar meu trabalho e a dedicação diária para os outros e apreciar meus limites. 

Cansei de me sentir desvalorizada! Cansei de mendigar por amor. Cansei em investir naquele que não investe em mim. Cansei… Simples assim. 

E no momento do meu cansaço, uma cena do Forest Gump veio à tona. Forest parando de correr, sem mais nem menos, depois de inclusive ter seguidores em suas corridas diárias que o acompanhava. Pois é, essa sou eu. Pararei de correr por amor e de querer que meus investimentos emocionais sejam sempre lucrativos.

Pronto. Parei! Pessoas furtando minhas ideias, minhas frases, meus projetos. Mas, agora recuperei tudo o que era meu. Agora é uma outra história.
São os recomeços de uma pura vida que teve seu início…

Precisava descobrir uma condução respeitosa e responsável em relação à minha própria existência, transformando o ser limitado em ser edificado. 

Saindo do vitimismo para o movimento do fazer diferente.

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“Permita que o tempo te ajude a cicatrizar a ferida” (Fukumitsu, 2019. Do livro “A vida não é do jeito que a gente quer”). Para tanto, é preciso buscar lugares onde há prosa e poesia; integração entre a arte e a dança espontânea de se viver. Lugar para o canto da alma ecoar.
Lugar para que a resiliência possa ressurgir com a força para ofertar guiança e mais sentido de vida. Lugar que permite que o processo de luto aconteça. A pressa não autoriza as escolhas. Nesse sentido, para driblar os processos de morrência que nos invadem será preciso inovar. 

A porta dos lugares pode mudar de cor, porém, se o interior não for modificado, nada de diferente acontecerá. Nessa direção, mesmo que você mude a fachada de sua apresentação externa, sem cuidar do interno, por meio do autoconhecimento e modificação de hábitos, a transformação será estéril. Dessa forma, continua e vem comigo nesta travessia. Se tem vida, tem jeito. Karina Okajima Fukumitsu

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Mudar não é processo fácil, é caminhada solitária para ter “os pés no chão”, “os olhos bem abertos” e firmeza nas mãos.

É preciso portanto, se reinventar diariamente, se recriar e suspender suas dúvidas, permitindo assim que a convicção de meus valores e da sua ética pessoal possam te reafirmar.

Para que seguir em frente? Karina, para que continuar se eu me decepciono tanto com as pessoas?
E respondo: para você desenvolver sua firmeza existencial e para se reconquistar e para ser leal aos seus propósitos.

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Talvez por viver um momento em que sinto “meus pés no chão”, reflito sobre o motivo pelo qual não devo orientar minhas escolhas somente por aquilo que o contexto solicita. Por que não usar chinelos, quando os pés estão machucados? Atualmente quero mais liberdade e conforto; menos sensações de aperto e restrição. Concordo com Rita Lee quando canta: "Não quero luxo nem lixo." Quero um sapato da minha medida, e minha medida é, acima de tudo, conforto e satisfação de minhas necessidades. Percebi que os sapatos representam para mim mais do que simples sapatos e sei que o sentido pertence àquele que sente. Sapatos são objetos que me sustentam e acolhem meus pés, são representantes da minha sustentação e do meu caminhar. Quais são os sapatos que você deseja usar daqui por diante? Quais são os objetos que representarão seu caminhar e seu caminho? Como você quer usar seus sapatos? Essas reflexões são convites para que todos se apoderem de suas escolhas. 

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"Passei mais da metade da minha vida tentando me encontrar nos erros de meus pais. Outra metade foi dedicada para tentar me encontrar nos meus próprios erros. No resto da minha vida, quero me achar em meus acertos” (Fukumitsu, 2019. Do livro A vida não é do jeito que a gente quer).

Assumi que poderia conquistar minha saúde existencial e modificar meus processos autodestrutivos. Não se trata de consertar os processos autodestrutivos, mas sim, aprender a redirecionar meu tempo a meu favor para transformar minha vida menos sofrida para mim. 

Para esta transformação, lancei mão de me importar com meus posicionamentos e me dei oportunidades para comunicar minhas convicções e me apropriar de quem sou. Escolhi ser psicóloga para ajudar em meu caminho de desenvolvimento pessoal e para me fortalecer. Criei firmeza existencial para não admitir mais me silenciar pela crítica.

Continua e vem comigo nesta travessia. Se tem vida, tem jeito. 

Karina Okajima Fukumitsu

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