Roberto Gerin
AUTOR

Roberto Gerin

Nasci em Astorga, Paraná, em 5 de outubro de 1957. Sou filho de Antônio Gerin e Zaíra Paulina Gerin, segunda geração de imigrantes italianos que, na década de 1940, seguindo o avanço geográfico das culturas de café, migraram do interior de São Paulo para o norte do Paraná. Aos 18 anos, fui para a capital São Paulo, onde cursei Psicologia, enquanto alimentava o sonho de ser diplomata. Este sonho me levou para Brasília em 1981, onde me casei, criei minhas filhas e me aposentei como servidor público. Em meio a essa trajetória de vida, sempre persegui meu verdadeiro sonho: escrever. O primeiro texto, com esforços literários, veio aos dez anos, quando, por ser o aluno mais novo da sala de aula, fui escolhido para discursar no Dia da Criança, em 12 de outubro de 1967. Desdobrei-me durante toda a noite anterior para redigir algo que intimamente refletisse o que para mim significava ser criança. Não guardei para a vida o texto, mas fica aqui o registro do meu primeiro contato com a escrita literária. Junto com a escrita veio o prazer da leitura. O livro que abalou minhas estruturas emocionais e intelectuais, aos doze anos, foi o romance “O Seminarista”, de Bernardo Guimarães. O impacto foi tanto, que a partir de então passei a olhar as formas de escrita sob outro ângulo. Foi um salto de qualidade. Uma vivência ímpar e arrebatadora. As palavras passaram a ter outro peso e outro sabor. Completava-se assim meu ciclo inicial de escritor e leitor. Posta a realidade da vida adulta, apresentou-se o velho dilema. Como conciliar o trabalho, que oferece o pão de cada dia, com a produção literária? Aos poucos me estruturei e resolvi o dilema. Mas logo vieram outras questões. O que escrever? O que dizer? Que estilo adotar? Qual o gênero literário a que melhor me adapto? Eram perguntas que pediam respostas que definissem o escritor que eu queria ser. Meu primeiro romance, “O Sósia”, seria escrito ainda aos dezessete anos, influenciado pelo romance existencialista “O Estrangeiro”, de Albert Camus. Enviei o original para várias editoras e todas recusaram. Depois vieram os diários das minhas filhas, um exercício literário primoroso, que me consumiriam milhares de páginas de trabalho, durante oito anos. E contornando os momentos de escrita do diário, em fins da década de 1990, dediquei-me a escrever o romance “Momentos Invisíveis”, sem, contudo, me preocupar em publicá-lo. A guinada na minha vida literária veio no início dos anos 2000, quando me envolvo totalmente com o teatro. Em duas décadas, escrevo pouco mais de vinte peças teatrais. A primeira delas, “Uma Última Cena para Lorca”, escrita em 2001, é montada no Rio de Janeiro em 2005, com a qual concorro ao Prêmio Shell/2005 de Melhor Autor. Em 2008, crio a Cia de Teatro Assisto Porque Gosto, através da qual produzo e dirijo textos teatrais de minha autoria. Escrevo também contos, mas sem qualquer compromisso em organizá-los para publicação. Chega então o ano 2020, quando, em meio à pandemia, escrevo o romance “O Voo da Pipa”. E tomo a decisão de finalmente publicar minhas obras literárias. Como se pode ver, meus textos literários são a minha labuta de muitas décadas de escrita. Escrevo sempre pela manhã, pelo menos por três horas seguidas. Dentro do meu trabalho de escritor, divido-me entre a dramaturgia, o romance e o conto, além das resenhas, em que discuto peças de teatro, cinema e romance. Tenho como companheiro de viagem o meu velho computador, adquirido nos idos de 2013. Ele é minha fonte de prazer e de algumas dores de cabeça. Mas é totalmente leal a mim, portanto, de nada devo reclamar.
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