Episódios

  • #400 Iara Caetano
    Feb 20 2025

    Ela nasceu há 22 anos em uma pequena cidade no interior de Minas Gerais. Filha de uma família de trabalhadores do campo, cresceu ao lado do irmão gêmeo e de um irmão mais velho, vivendo uma infância típica entre a escola, o trabalho na roça e os momentos em que montava a cavalo. Em 2015, o diagnóstico de leucemia do irmão mais velho abalou a família. Seu pai, que havia sido ciclista amador, fez então uma promessa: assim que o filho estivesse curado, pedalaria 400 km até a praia Costa Dourada, em Mucuri, na Bahia. Com isso, ele voltou a treinar e, assim que o irmão foi liberado pelos médicos, este se juntou ao pai. Logo o outro irmão passou a pedalar com o propósito de incentivá-lo, e ela, algum tempo depois, aproveitou o embalo para seguir o mesmo caminho.

    Seguindo os passos dos irmãos, começou no downhill e, algum tempo depois, migrou para o XCO. O que começou como uma brincadeira e diversão em família ganhou um ar mais sério após sua primeira competição. O quinto lugar a deixou surpresa e animada e, já na segunda competição, melhor preparada, veio a primeira vitória. Esse foi o início de uma trajetória de sucesso no mountain bike.

    Nos primeiros anos, acumulou pódios em provas locais, dividindo seu tempo entre treinos, trabalho e estudos, enquanto lapidava seu potencial e construía os alicerces de sua carreira esportiva. Em 2022, com resultados cada vez mais expressivos, tomou uma decisão que mudaria sua vida: dedicar-se integralmente ao ciclismo. Desde então, passou a competir no mais alto nível, conquistando títulos que a colocaram no topo do esporte. Ela é bicampeã brasileira e pan-americana de XCE, bicampeã mineira de XCO. Em sua estreia em solo europeu, conquistou um segundo lugar na Série Continental Europeia de XCE. No ano passado, conquistou um quinto lugar na etapa francesa da Copa do Mundo e foi vice-campeã na etapa realizada no Brasil, além de títulos na CIMTB e a vitória em duas etapas da Internacional Estrada Real.

    Sua paixão e dedicação ao esporte vão além das competições. Em sua cidade natal, ela, ao lado dos irmãos, promove o ciclismo entre crianças e adolescentes. Com projetos que incluem a construção da primeira pista de treino da região, pedais guiados e palestras motivacionais, ela inspira novos talentos e reforça a importância do esporte como ferramenta de transformação social.

    Conosco aqui, a estudante de Educação Física e jovem ciclista profissional que é um exemplo de coragem, persistência e paixão pelo mountain bike. Uma jovem determinada a conquistar o mundo com sua bicicleta e que, mesmo com tantas vitórias, mantém os pés no chão, fiel às suas origens e com um coração generoso. Uma mulher que sabe valorizar cada conquista, a frei-inocenciana Iara Caetano Leite.

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    1 hora e 26 minutos
  • #399 Marcelo Ortiz
    Feb 13 2025
    Ele não gostava das aulas de educação física e fazia o possível para fugir delas. Alguns anos mais tarde, seria incentivado a nadar por um primo triatleta. Pegou gosto pela modalidade e logo passou a correr também. Faltava-lhe o ciclismo, que começou a praticar quando ganhou uma bicicleta do pai. Porém, antes mesmo de participar de sua primeira competição, em 1993, o destino já lhe reservava um teste de resistência fora das pistas: um grave acidente de bicicleta que quase encerrou sua jornada antes mesmo de começar. O episódio, no entanto, apenas reforçou sua determinação de transformar o triathlon em mais do que um hobby. Encantou-se pela modalidade e passou a admirar a dedicação e a ousadia de grandes nomes do triathlon da época, como Marcus Ornellas e Marcello Butenas, que não apenas competiam, mas representavam o espírito do esporte que tanto admirava. A fim de atender aos anseios dos pais, ingressou no curso de Engenharia, mas não demorou a perceber que sua vocação estava na Educação Física. Sua paixão pelo triathlon e sua curiosidade sobre o desempenho humano falaram mais alto. Após graduar-se, mergulhou na pesquisa acadêmica, buscando compreender os limites da fisiologia humana em esportes de longa duração. Concluiu o mestrado em Fisiologia do Exercício no ano 2000, com um trabalho focado no treinamento esportivo voltado para triathlon e corrida. Movido pelo desejo de contribuir com a ciência e inspirar a nova geração, mudou-se para São Paulo em 2001 para ingressar no doutorado, enquanto iniciava suas atividades como professor e coordenador de cursos de pós-graduação. Em paralelo, começou a treinar dois amigos, Ivan Albano e Fábio Carvalho. Aos poucos, foi ganhando notoriedade e passou a atender mais pessoas. Esse foi o início da BR Esportes Assessoria, em 2002. Mais tarde, outros grandes nomes passariam por suas mãos, entre eles Ariane Monticelli e Bia Neres. Sua visão sistêmica do esporte também chamou a atenção do Esporte Clube Pinheiros, que o convidou, em 2013, para liderar o projeto de alto rendimento da modalidade. Com um currículo que combina títulos acadêmicos robustos e uma prática baseada em dados científicos, ele se consolidou como referência nacional e internacional. Foi convocado pela primeira vez como técnico da seleção brasileira de triathlon em 2017, guiando atletas como Miguel Hidalgo, Djenyfer Arnold e Antônio Bravo. Desempenhou papel importante nos Jogos Pan-Americanos de 2023, onde conquistou o ouro no revezamento misto, resultado que impulsionou as expectativas para Paris 2024, quando foi nomeado técnico do time nacional e trabalhou para realizar o sonho de classificar seus atletas para a participação olímpica — feito conquistado com Miguel, Djenyfer e Manoel Messias que, ao lado da experiente Vittória Lopes, foram responsáveis pela melhor performance brasileira na história olímpica do triathlon. Além disso, com sua competência e expertise, classificou dezenas de triatletas para mundiais de 70.3 e Ironman, sempre demonstrando que seu compromisso era tão científico quanto humano. Dono de um extenso histórico de publicações científicas sobre desempenho esportivo e com liderança em iniciativas como a coordenação do maior laboratório de fisiologia do exercício do Brasil entre 2004 e 2008, ele não apenas focou sua carreira no desenvolvimento de talentos, mas também compartilha o conhecimento que transforma vidas. Conosco aqui, o educador físico, Doutor em Ciências, Mestre em Fisiologia do Exercício e Treinamento Esportivo, triatleta com quatro provas de Ironman no currículo e um amante do ciclismo, cuja paixão pelo esporte tornou-se uma missão de vida: o mogimiriano Marcelo Janini Ortiz. Inspire-se! Um oferecimento @oakleybr e @technogym_brazil Onde o design encontra o esporte Combinando desempenho e design, há 40 anos, a Technogym apresenta as soluções de treino mais inovadoras do mercado. Um dos exemplos é a Technogym Ride, bicicleta que nasceu a partir da experiência da marca como fornecedora oficial de equipamentos das últimas nove edições dos Jogos Olímpicos, incluindo Paris 2024. Concebida em conjunto com os principais campeões de ciclismo, a TG Ride oferece uma vivência realista e completa de treinamento outdoor tanto para ciclistas profissionais quanto amadores. Com tela touch de 22” e resolução Full HD, ela proporciona a realização de um treino imersivo e interativo, visando a alta performance. Com a possibilidade de realizar todos os ajustes de acordo com o tamanho do usuário, incluindo as variações do pé de vela, a TG Ride oferece STI eletrônicos e integrados, a partir dos quais é possível fazer trocas de marchas e ter uma experiência completa de gestão de potência, resistência, inclinação, velocidade em subidas e porcentagem de FTP de forma precisa. Além disso, através do Pedal Printing™ é possível acompanhar a cadência, a simetria e a ...
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    2 horas e 43 minutos
  • #398 Ulan Galinski
    Feb 6 2025

    No coração do Vale do Capão, na Chapada Diamantina, nasceu um jovem que cresceria em meio à natureza exuberante, carregando consigo os valores que moldariam não apenas sua carreira, mas também sua essência como ser humano. Filho de um francês e de uma baiana, seu sobrenome tem raízes russas, compondo uma mistura de culturas tão rica quanto sua trajetória. Criado em um ambiente artístico, ele participou das atividades do Circo do Capão, fundado por seu pai, um artista circense que chegou ao Brasil em busca da capoeira e encontrou na Bahia um novo lar. Além das atividades no picadeiro, ele praticou jiu-jitsu, capoeira, boxe e futebol. Em 2013, começou também a praticar o mountain bike.

    Foi no ano de 2014, ao acompanhar a ultramaratona Brasil Ride como espectador, que ele descobriu o mundo do mountain bike competitivo. Inspirado pelo seu então professor de educação física, deixou as outras modalidades para se dedicar ao ciclismo e deu seus primeiros passos no esporte competitivo, conquistando o campeonato baiano na categoria Júnior no ano seguinte. A ascensão foi rápida, e logo ele estava dividindo a pista com grandes nomes como Henrique Avancini, de quem viria a se tornar companheiro de equipe e aprendiz.

    Desde 2020, integra a equipe Caloi Henrique Avancini Racing, destacando-se no cenário nacional e internacional. Conquistas como o bicampeonato na Super Elite da Copa Internacional (2020/23), o campeonato brasileiro elite de maratona em 2021, os vice-campeonatos brasileiro de XCO em 2022 e 2023, as quatorze vitórias UCI na elite e um top 20 na etapa da Copa do Mundo realizada em Mairiporã, este ano, foram marcos em sua carreira, evidenciando sua categoria e capacidade de competir entre os melhores do mundo.

    Em 2024, garantiu sua vaga nos Jogos Olímpicos de Paris, conquistando a 21ª colocação no Cross-Country Olímpico (XCO), feito que ele atribui tanto à sua evolução técnica quanto à serenidade mental alcançada.

    O que começou como uma simples paixão por pedalar nas trilhas da Chapada Diamantina o levou a ser uma das principais promessas do mountain bike brasileiro. Agora, aos 26 anos, com seu espírito resiliente e sua conexão com as raízes, ele se prepara para enfrentar mais um ciclo olímpico, carregando consigo a bandeira nordestina e brasileira, bem como a leveza de quem sabe que sua história já é, por si só, inspiradora.

    Conosco aqui, um artista do mountain bike profissional, atual campeão brasileiro de XCO, um sonhador e ambicioso palmeirense, Ulan Bastos Galinski.

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    1 hora e 56 minutos
  • #397 Beatriz Nantes
    Jan 30 2025

    Ela iniciou sua trajetória na natação aos quatro anos, treinando ao lado de seu irmão. Competiu pelo Clube Saldanha da Gama, destacando-se em provas de fundo e no nado borboleta. Foi vice-campeã paulista em diversas ocasiões e finalista no Campeonato Brasileiro de sua categoria. Aos 12 anos, participou de sua primeira prova no mar e, aos 16, decidiu encerrar as competições federadas, embora nunca tenha abandonado as piscinas.

    Durante a faculdade, integrou equipes universitárias de natação, mantendo a paixão pelo esporte. Graduou-se simultaneamente em Economia pela Universidade de São Paulo e em Jornalismo pela Faculdade Cásper Líbero. Em 2010, foi convidada por um amigo da faculdade a estagiar na Empiricus, recém-criada empresa especializada na publicação de conteúdos financeiros.

    Em 2014, retornou ao ambiente competitivo, ingressando na natação master sob a orientação de Danilo Lima, no Tênis Clube Paulista. Enquanto participava de provas em piscinas, alimentava um desejo crescente por desafios em águas abertas. Em 2017, finalmente mergulhou nesse universo, participando dos 10 km da Ilha do Mel e do Rio Negro Challenge.

    No âmbito profissional, ascendeu dentro da Empiricus e tornou-se sócia e COO. Paralelamente, manteve uma ligação constante com o jornalismo esportivo, especialmente no universo da natação. Cobriu in loco os Campeonatos Mundiais de Natação em Barcelona (2013) e Budapeste (2017), conciliando o trabalho com sua paixão pelo esporte. Em parceria com uma amiga, produziu o documentário “Meninas de Atenas”, que revisita a participação da equipe feminina brasileira nas finais da natação nas Olimpíadas de 2004 e inclui depoimentos das atletas e até mesmo do tenista Gustavo Kuerten. Em 2020, lançou o podcast “Swim Cast” ao lado de Danilo Lima, onde conversou com diversos nadadores e treinadores brasileiros.

    Ano passado, tomou a difícil decisão de deixar o trabalho no mercado financeiro e embarcou em um novo projeto documental, desta vez sobre a tradicional Travessia 14 Bis, com previsão de lançamento ainda este ano.

    Ela detém o segundo melhor tempo da Travessia Leme ao Pontal, no ano de 2022 ficou a apenas dois minutos do recorde feminino no Desafio 14 Bis e foi a primeira mulher a nadar os 22 km do Desafio Ilhabela. Em 2024, apenas 10 meses após o nascimento da sua filha, bateu o recorde paulista dos 1.500 metros nado livre.

    Conosco aqui a nadadora, jornalista e economista, uma apaixonada e conhecedora da natação brasileira e mundial, mãe dos futuros nadadores Mateus e Marina, a santista Beatriz Nantes.

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    2 horas e 5 minutos
  • #396 Pedro Cianfarani
    Jan 23 2025

    Nascido em São Caetano do Sul, no ABC Paulista, ele cresceu em um ambiente típico da época, onde a paixão pelo futebol o inspirava a passar os dias jogando bola. Embora o futebol tenha sido sua primeira paixão esportiva, sua curiosidade o levou a experimentar outras modalidades, como vôlei, lutas e até o mountain bike.

    Foi na academia, inspirado por uma amiga que o convidava insistentemente para trocar a esteira pelas ruas, que ele descobriu uma nova paixão: a corrida. Em 1998 participou de sua primeira prova, a saudosa Corrida de Natal no Parque do Ibirapuera, e nunca mais parou. Nos anos seguintes, as corridas de rua evoluíram para desafios cada vez maiores. Depois de algumas maratonas, despertou nele o interesse pelas ultras, estreando em 2006 em uma prova de seis horas organizada por Carlos Dias, um dos grandes nomes do esporte.

    Desde então, ele se desafia em provas como a Brazil 135, que participou 12 vezes e o 300 - O Desafio, com três participações. Enfrentou o temido Vale da Morte na Badwater 135, em 2018. Na prova internacional de 48 horas na Mantiqueira, percorreu impressionantes 316 km, resultado que o colocou em 19º no ranking mundial de 2018. Foi destaque também na LLAJTAY Backyard Ultra, na Bolívia, onde conquistou o segundo lugar em 2019 e garantiu uma vaga no mundial da modalidade.

    Embora tenha competido em diversas provas pelo Brasil e pelo mundo, ele nunca perdeu a essência que o fez começar: o amor pelo esporte e o prazer de testar os seus limites.

    Conosco aqui, o administrador de empresas que construiu uma carreira sólida como empresário no setor de informática, liderando sua própria empresa há três décadas, o corredor de ultra maratonas e segundo brasileiro a participar da Barkley Marathons, o sul-caetanense Pedro Luiz Cianfarani.

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    2 horas e 23 minutos
  • #395 Christian Kittler
    Jan 16 2025

    Meu convidado de hoje cresceu cercado por boas oportunidades e descobriu cedo seu fascínio pelos esportes e pelo mundo além das fronteiras convencionais. Dotado de uma curiosidade inata, explorou diferentes modalidades, navegando pelos mares como velejador e buscando a precisão nas quadras como tenista. No entanto, foi o triathlon que capturou seu coração e transformou sua trajetória.

    Ao decidir se aprofundar nesse universo, ele não hesitou em cruzar o continente para se estabelecer em San Diego, o berço da modalidade. A cidade não apenas moldou sua visão sobre o esporte, mas também despertou um senso de inovação e empreendedorismo que se tornaria a marca de sua carreira. Durante seu período lá, ele não apenas treinou e competiu, mas também mergulhou no mercado esportivo ao conseguir um estágio na revista Triathlete. Essa experiência seria o ponto de partida para algo maior.

    Observador e criativo, percebeu o potencial do meio digital, que ganhava tração nos anos 90, e idealizou uma plataforma pioneira para divulgação e inscrições de provas nos EUA. Alguns anos depois, já de volta ao Brasil, adaptou a ideia e criou o ativo.com, um marco no setor esportivo digital nacional. Durante mais de uma década, ele liderou o projeto, consolidando-o como referência no mercado.

    Seu espírito inquieto e inovador o levou a novas experiências profissionais, incluindo uma passagem importante na organização do Ironman Brasil. Mas a busca por autenticidade o trouxe de volta a San Diego, dessa vez com sua esposa e filho. Inspirado por sua paixão pelo esporte e pelas viagens, ele fundou a 7 Sherpas, uma agência de turismo esportivo feita sob medida, capaz de transformar desafios em experiências memoráveis.

    Há dois anos, ele criou uma start-up que conecta esportistas de qualquer modalidade no mundo todo. Hoje, ele voltou a se dedicar exclusivamente à sua agência e está sempre em busca de oportunidades no meio esportivo.

    Conosco aqui, pela terceira vez, o administrador e empreendedor visionário, apaixonado pelo mundo outdoor, pela fotografia e pelas experiências que o esporte proporciona, tenista veterano e triatleta com três participações no Mundial de Ironman no Havaí, o paulistano minimalista Hans Christian Kittler.

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    2 horas e 51 minutos
  • #394 Lilian Jeane Schiffer
    Jan 9 2025

    Desde cedo, minha convidada de hoje foi muito influenciada pelo estilo de vida do pai, um empresário que se dividia entre o tiro, a pilotagem de aviões, o paraquedismo e o motociclismo. Foi na figura paterna que encontrou o primeiro exemplo de uma vida dinâmica. Na infância, praticou natação e todas as modalidades esportivas disponíveis no colégio. Foi nos Jogos Estudantis Municipais de sua cidade natal que um treinador de ciclismo percebeu seu talento e a convidou para integrar a equipe local. Apesar de pedalar de forma despretensiosa, com uma bicicleta simples de passeio, a experiência de ser convidada para treinar com atletas mais experientes despertou nela o sentimento de ser especial em algo.

    Na adolescência, o ciclismo deu lugar ao handebol e a outros esportes coletivos. Ela acabou deixando as atividades esportivas nos primeiros anos da faculdade, até voltar a pedalar, influenciada por um namorado. Foi nessa época que o triathlon entrou em sua vida. Fascinada, começou a correr e retomou a natação, participando com entusiasmo provas como o Desafio da Serra do Rio do Rastro, a corrida de São Silvestre e seu primeiro triathlon olímpico.

    Em 2017, encarou o maior desafio de sua vida até então: o Ironman de Florianópolis. Nos anos seguintes, buscou experiências além das competições esportivas, como cursos de paraquedismo e parapente, e, em 2019, completou sua primeira ultramaratona. No entanto, a pandemia trouxe uma fase difícil. Com as piscinas fechadas e o isolamento social, ela limitou seus treinos e sentiu a frustração de estar distante do que amava, perdendo a conexão mais próxima com os esportes.

    Em 2023, a chama voltou a acender. Inspirada por vídeos da Ultramaratona dos Perdidos, decidiu retomar os treinos com foco total. Ao lado de sua treinadora de longa data, Elayne Alves, que sempre acreditou em seu potencial, encarou um ciclo intenso que a fez redescobrir sua força e renovar sua paixão pelo esporte. Correndo ao lado de seu border collie, Coyote, seu fiel companheiro, e motivada pelo reconhecimento de um grande número de seguidores no Instagram, encontrou uma nova energia para se desafiar e realizar seus sonhos.

    Conosco aqui hoje, a veterinária, triatleta, mountain biker, arrais amador, atiradora, paraquedista, skydiver, motociclista, ultramaratonista, fotógrafa amadora e aviadora, uma ponta-grossense viciada em viver, a comandante Lilian Jeane Schiffer.

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    1 hora e 33 minutos
  • #393 Vinícius Rodrigues
    Jan 4 2025

    Ele acredita que sua verdadeira vida começou em 2013, no dia em que sofreu um grave acidente de moto em Maringá, no Paraná. À primeira vista, parecia o início de um fim. Mas a visita inesperada de uma campeã paralímpica mudou tudo. Ela o encorajou com palavras simples e certeiras: “O Brasil estava precisando de um atleta mesmo, ainda bem que você chegou.” Foi ali, no leito de um hospital e com um futuro incerto, que brotou o desejo de se tornar um atleta.

    Cinco dias após o acidente, decidiu que seria corredor. Em menos de cinco meses, já havia trocado Maringá por São Paulo, com a ambição de integrar a seleção paralímpica brasileira. Uma determinação inabalável, alimentada por uma mentalidade renovada e uma coragem inédita, qualidades que, segundo ele, nunca haviam se manifestado antes do acidente. O homem de antes cedeu lugar a outro, que carregava consigo uma nova visão de vida. Seu objetivo: tornar-se um dos melhores velocistas do mundo.

    O início, como é para tantos, foi marcado por desafios e frustrações. A mais difícil de todas as provas, segundo ele, foi a não classificação para os Jogos Paralímpicos do Rio de Janeiro, em 2016. A dor de não competir em seu país serviu como combustível. Determinado a superar a decepção vivida, ele entrou no top 3 mundial em 2017 e, dois anos depois, estabeleceu um novo recorde mundial nos 100 metros T63, com a marca de 11s95.

    Em sua estreia nos Jogos Paralímpicos, em Tóquio 2021, ele subiu ao pódio com a medalha de prata, a apenas um centésimo do lugar mais alto. Não satisfeito, seguiu acumulando conquistas, como a prata no Campeonato Mundial de Atletismo Paralímpico em Paris e, finalmente, mais uma medalha paralímpica, com o bronze nos Jogos de Paris 2024.

    Fora das pistas, ele também protagonizou discussões importantes sobre acessibilidade como participante do Big Brother Brasil de 2024, tornando-se o segundo atleta paralímpico da história do programa.

    Conosco aqui está um dos maiores velocistas paralímpicos do Brasil, atleta ASICS que não tem receio de desafiar seus limites, inspirando milhares de pessoas com sua história de superação, resiliência e busca pela excelência, e cujo legado transcende as pistas, ecoando como uma verdadeira lição de vida e coragem, o primaveirense Vinícius Gonçalves Rodrigues.

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