Pergunta Simples

De: Jorge Correia
  • Sumário

  • O Pergunta Simples é um podcast sobre comunicação. Sobre os dilemas da comunicação. Subscreva gratuitamente e ouça no seu telemóvel de forma automática: https://perguntasimples.com/subscrever/ Para todos os que querem aprender a comunicar melhor. Para si que quer aprender algo mais sobre quem pratica bem a arte de comunicar. Ouço pessoas falar do nosso mundo. De sociedade, política, economia, saúde e educação.
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Episódios
  • Como usar a comunicação para influenciar? Pedro Coelho dos Santos
    Nov 20 2024
    Pedro Coelho dos Santos revela como a comunicação estratégica pode moldar percepções, inspirar ações e influenciar decisões. Descubra técnicas práticas, histórias reais e lições que transformam líderes em comunicadores eficazes. Uma conversa imperdível sobre empatia, simplicidade e impacto. Uma conversa sobre liderança e técnicas de comunicação usadas por todos os melhores e mais visionários líderes do mundo. Assim como por cá.
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    55 minutos
  • A MÁQUINA DAS PERCEPÇÕES: QUER SABER A MAGIA? SUSANA SALGADO
    Nov 13 2024
    Hoje falamos da mais profissional, eficaz e eficiente máquina de criação e gestão das expectativas: a política. Usando as ferramentas da comunicação, os políticos de todo o mundo criam percepções favoráveis às suas causas. São essas percepções que permitem um suporte da opinião pública para as posições e decisões que os políticos tomam no nosso nome. E essa máquina das percepções obedece a regras e estratégias muito bem definidas. Pelo menos assim era no tempo dos ‘media’ tradicionais. Agora há um novo mapa a ser desenhado: o mundo alimentado pelas redes sociais. Trocaram-se os editores e jornalistas por robôs e algoritmos. E a comunicação política repensou a sua forma de fazer o que sempre fez: influenciar o pensamento da opinião pública. Com um refrescado conceito chamado polarização. Não é novo. Mas está na moda. Do telejornal às manchetes dos jornais. Da voz na manhã da telefonia até aos programas de debate. Do contacto direto com os cidadãos até à transmissão em direto de eventos criados precisamente para serem transmitidos. E agora as redes sociais: o velhinho Facebook onde todos continuamos a estar. O Twitter agora batizado de X, por onde correm as mais disputadas e virulentas discussões políticas e sociais. Ou mesmo o Instagram e o TikTok, lançados para criar atenção pela beleza da foto-autorretrato ou da dança da moda, entretanto transformadas em máquinas de ‘marketing’ directo. Estes dois mundos são o palco do mundo moderno. E quem deseja mandar no mundo, no planeta, do país, município, aldeia ou grupo sabe que tem de usar estes canais e criar receitas que nos agradem. Este programa é sobre o cruzamento da arte da comunicação com o da política. Numa frase: a comunicação política e a política na comunicação. A convidada é Susana Salgado, investigadora deste campo do saber no Instituto das Ciências Sociais da Universidade de Lisboa. Exploramos como os media e as redes sociais desempenham um papel crucial na maneira como as pessoas entendem a política e tomam decisões. A conversa aborda temas como a polarização, o efeito dos algoritmos das redes sociais e o impacto dos preconceitos cognitivos, que criam uma espécie de “bolha” em que cada um de nós vive, condicionando como recebemos e interpretamos as mensagens políticas. Um dos principais pontos de reflexão neste episódio é o impacto da comunicação polarizadora. Segundo ela, a política contemporânea tende a afastar os cidadãos do debate e a empurrá-los para os extremos, limitando a capacidade de entendimento e troca de ideias. Ela explora como, muitas vezes, os temas mais sensíveis ou “incómodos” são excluídos da discussão pública, não por falta de relevância, mas por uma espécie de censura social. Isso faz com que pessoas que partilham de opiniões não convencionais sejam empurradas para a margem, onde encontram espaço em movimentos ou partidos mais radicais. Esse fenómeno é reforçado pelas redes sociais, onde o anonimato e a liberdade de expressão permitem que as pessoas exponham visões mais extremas do que fariam em interações presenciais. Nesta conversa aprendi muito sobre o conceito de criação de agendas públicas. Em particular, como criar estratégias para colocar o nosso tema na agenda e criar percepções favoráveis ao nosso ponto de vista. Criar agenda, enquadrar factos e apontar o foco de luz para o que mais no interessa. Ou criar distrações para desviar a atenção geral para o que não nos interessa discutir. Susana Salgado explica como estas estratégias ajudam a moldar as perceções dos cidadãos, enfatizando certos temas e desviando a atenção de outros. Estes mecanismos são, segundo ela, particularmente eficazes para criar uma “máquina de perceções” onde o que ganha é visibilidade mediática, interpretada como sendo mais relevante, muitas vezes à custa de temas de interesse real para a população. Real ou percebido como real?
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    37 minutos
  • COMO SUPERAR O MEDO DE DANÇAR? BRUNO RODRIGUES
    Nov 6 2024
    Hoje vamos dançar. A forma mais natural em que acertamos o nosso movimento ao ritmo dos sons ou até dos pensamentos. Sim, hoje acertamos os passo na arte humana da dança. Dos mais talentosos dos bailarinos ao mais descoordenado dos seres. Eu pecador de confesso. E por isso convidei o actor, coreógrafo e bailarino Bruno Rodrigues para me ensinar sobre o movimento do corpo. Sou o mais descoordenado dos seres a habitar sobre a terra. Poderia dizer que tenho dois pés esquerdos, o que até poderia ser elogioso porque até se dá o caso de eu ser canhoto. Por isso simplifico: não tenho jeitinho nenhum para dançar. O que me angustia porque o meu sentido de ritmo é bom. Acho eu. Sinto que sim. Ritmo dentro da minha cabeça. Depois os braços e as pernas é que não acompanham. Parecem ter vida própria, lançando no espaço pernas e braços num louco, levemente assustador e definitivamente esquisito movimento. E um dia conheci o Bruno. Num evento experimental sobre o movimento. E aprendi que todos temos uma espécie de biblioteca de movimentos. E nessa biblioteca estão os livros de instruções para nos mexermos. É só ler esses livros. Embora muitos de nós nem sequer nos atrevemos a pegar neles. Nos livros. Nas ancas, rótulas, ombros ou pescoço. Volto ao movimento. Basta respirar, diz ele, o Bruno, e o movimento aparece naturalmente. Esta conversa é sobre isso. Sobre o movimento. Sobre a maneira como dançamos. Na conversa saberemos como alguém descobre que a sua vocação, como experimenta e aprende sobre a arte da dança. Hoje é coreógrafo, actor e formador na área do movimento. Naturalmente falámos da maneira como o nosso corpo fala, como comunica. E de como a dança pode ser uma ferramenta social de inclusão e partilha. Aprendi que todos podemos dançar. E sabemos dançar. À nossa maneira, mas é uma maneira tão certa como qualquer outra. Saia lá daí, da frente do espelho. E liberte-se. Claro que depois há o bailado, como expressão plástica maior. A expressão do belo e do sublime. Afinal o uso do corpo para nos fazer sentir as emoções. O corpo como espelho da alma. O movimento e a dança como uma forma universal de nos entontarmos mutuamente. De olhos nos olhos. De mão na mão. Num compasso certo dos pés que seguem num movimento síncrono. Isto nas danças a dois. Mas também valem os grupos que dançam num concerto. Ou até aquele que dança sozinho na praia, sem música, apenas ao ritmo dos pensamentos. E tudo se move. E tudo dança. Até os planetas à volta do sol. Ou o sentir. Ao ritmo dos batimentos do coração. O ritmo primordial da dança da vida. Da Química à Dança: O Início da Jornada Inicialmente estudante de Engenharia Química, Bruno descobriu a dança por acaso, quando uma colega o convidou a experimentar uma aula. Essa experiência revelou-lhe um novo caminho, onde se sentiu verdadeiramente “em casa”. O que começou como uma simples curiosidade tornou-se rapidamente a sua paixão e carreira. No episódio, ele descreve o momento inicial, numa sexta-feira de outubro, que marcou o encontro com a dança. A sensação de “pertença” era tão intensa que ele a lembra com detalhes, incluindo as cores, os cheiros e a música daquela primeira aula. A Dança Como Forma de Comunicação e Intervenção Bruno vê a dança como uma linguagem universal, acessível a todos e não apenas a quem se dedica profissionalmente a esta arte. Para ele, todos dançam a partir do momento em que respiram, pois a base do movimento é a respiração. Ele explora a ideia de que a dança está presente nos pequenos gestos do dia a dia e que cada movimento entre duas poses ou “fotografias” forma uma coreografia única. O Movimento do Corpo e a Relação com a Identidade A entrevista toca em questões profundas sobre como o movimento expressa a relação de cada um consigo mesmo. Bruno reflete sobre a relação entre corpo e identidade, afirmando que a maneira como nos movemos espelha a nossa auto p...
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    53 minutos

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