O Movimento da Luta Antimanicomial se caracteriza pela luta pelos direitos das pessoas com sofrimento mental. Tem seu início na década de 70 e em 18 de Maio em 1987, ainda durante o período de redemocratização, foi realizado um encontro nacional de grupos que lutavam pela reforma do sistema psiquiátrico brasileiro.

Denúncias de falta de atenção, cuidados básicos, negligências, violência, internações involuntárias e compulsórias foram vindo a tona e a luta foi tomando corpo e ganhando representatividade.

A Luta Antimanicomial acaba por resultar no processo de desinstitucionalização, na criação da rede pública ampla de cuidados mentais.

Obras como "Holocausto Brasileiro" da escritora Daniela Arbex colocaram luz sobre a questão quando do seu lançamento, trazendo a público a situação degradante que os antigos internos do Hospital Colônia de Barbacena, Minas Gerais.

Mas será que que tais fatos ocorriam somente em Barbacena ?

Uma série de cartas escritas por internos do Hospital Psiquiátrico Philippe Pinel situado em Pirituba, São Paulo, nos ensina muito sobre a situação dos internos.

O professor Antonio Ackel fez um trabalho extenso de pesquisa e análise do material coletado e convidamos você para conhecer um pouco mais sobre a situação destas pessoas que em algum momento das suas vidas foram vistas como descartáveis e desnecessárias.

Neste episódio inauguramos uma nova sessão em nosso podcast, a "Luta antimanicomial", onde abordaremos diferentes aspectos da luta e suas implicações uma vez que ser colocado em uma instituição dessas era encarar diretamente sua finitude.

Nosso convidado: Doutorando em Filologia e Língua Portuguesa pela Universidade de São Paulo, com sanduíche na Universidade de Leiden, pela bolsa CAPES/PrInt (2021-2022). Trabalha atualmente com um grupo de manuscritos relacionados à colonização holandesa no Brasil.

Mestre pelo mesmo programa brasileiro com estágio na Universidade Groningen (2019) com bolsas Erasmus+ ICM, CNPq e CAPES (2018-2019), em que apresentou uma edição filológica de cartas pessoais escritas por pessoas internadas em um sanatório psiquiátrico no Brasil no começo do século XX.

Possui pós-graduação em Docência no Ensino Superior pela Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul (2018), com o trabalho de conclusão sobre a aplicação de métodos e teorias da crítica genética para o ensino da literatura brasileira, utilizando como exemplo a obra Seminário dos Ratos, de Lygia Fagundes Telles.

Pesquisador visitante na Universidade Católica de Leuven (2016). Graduação em Linguística pela Universidade de São Paulo (2016).

Atua no grupo de pesquisadores do Laboratório de Estudos de Etnicidade, Racismo e Discriminação - LEER da Universidade de São Paulo. Neste momento, colabora com o projeto Travessias, investigando a vida de dois filólogos refugiados do nazifascismo no Brasil: Herbert Lichtenstern e Patrick Polderman.

Links:

O que é eugenia - Francis Galton

https://galton.org/books/essays-on-eugenics/galton-1909-essays-eugenics-1up.pdf

Dissertação "Cartas pessoais de pacientes do Sanatório Pinel (1929-1944)"

https://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/8/8142/tde-20022020-165247/pt-br.php

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Quando falamos em cuidados paliativos muitas pessoas imaginam um grupo de médicos orientando os familiares sobre procedimentos que podem melhorar a condição de vida de um paciente.

Mas esta equipe não é formada somente por médicos. Dela participam enfermeiros,terapeutas ocupacionais, psicólogos, nutricionistas, fisioterapeutas e uma gama enorme de outros profissionais cujos esforços, em conjunto, irão proporcionar esta melhoria da qualidade da vida destes pacientes em situação tão delicada.

No episódio de hoje conversaremos com a terapeuta ocupacional, a Dra Janaina Nascimento, professora e pesquisadora ligada aos cuidados paliativos.

Além de aprender um pouco mais sobre este tipo de atenção ao paciente, também iremos falar da Comunidade Compassiva e de pacientes em vulnerabilidade de comunicação.

Nossa convidada: Janaína Santos Nascimento. Residência/Especialização em Saúde com ênfase em Clínica Médica e em Cuidados Paliativos. Mestrado em Atenção à Saúde e doutorado em Ciências Médicas. Membro do comitê de Terapia Ocupacional da Academia Nacional de Cuidados Paliativos e pesquisadora do Laboratório de Envelhecimento Humano. Atualmente é professora adjunta do Departamento de Terapia Ocupacional da UFRJ e Chefe do Serviço de Terapia Ocupacional do HUCFF-UFRJ.

Instagram da Comunidade compassiva: @comunidade_compassiva 

Links:

Site Inumeráveis:

https://inumeraveis.com.br/

Site Comunidade Compassiva:

https://www.comunidadecompassiva.com.br/

"Pássaro raro - memórias de perda e amor" - Anna Whiston Donaldson - Editora Leya

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"Testamento vital" - Luciana Dadalto - Editora Foco

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"A morte é um dia que vale a pena viver: E um excelente motivo para se buscar um novo olhar para a vida" - Ana Claudia Quintana Arantes - Editora Sextante

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"Enquanto eu respirar: Dançando com o tempo e com todas as possibilidades de estar viva até o último suspiro" - Ana Michelle Soares - Editora Sextante

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Cartilhas:

Cartilha Comunicação Aumentativa e Alternativa de 2022

Disponível em:

https://www.isaacbrasil.org.br/e-livros-e-outras-publicaccedilotildees.html

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Olá ouvinte !!

Depois de um pequeno lapso por conta de problemas técnicos voltamos a ativa.

Este será um episódio um pouco diferente, ao invés de uma entrevista teremos uma reflexão, uma indagação, para motiva-lo a refletir sobre as suas próprias convicções e percepções.

Nossa primeira indagação será : "O que é a Vida ???""

Fizemos esta pergunta a alguns de nossos ex-convidados e vamos aprender um pouco com as reflexões de cada um deles.

Mas queremos ouvir você também, pelos comentários ou por e-mail no sobsuasasas.pod@gmail.com ficaremos muito felizes por receber suas reflexões.

Há não muito tempo era usual um jovem ouvir a seguinte frase: "Homem não chora", "Homem que mostra tristeza mostra fraqueza" ou ainda coisas bem piores. Os tempos mudaram mas a ideia que os homens tem dificuldade para falar sobre seus afetos, seus sentimentos e que lidam com situações emotivas de forma mais fria e lógica ainda é algo que faz parte do senso comum. É certo que existe uma falta de espaços dedicados a ampararem e a acolherem os homens em seus momentos de fragilidade. 

O professor Daniel Carvalho passou por esta situação com a perda da pequena Joana e descobriu que estava passando por um chamado para poder atuar na vida de outros homens espalhados pelo mundo que também tinham dificuldades em lidar com o luto.

O projeto "Luto do Homem" nasceu de uma história tocante de amor, determinação e superação. Convidamos vocês a conhecerem este projeto diferente e que tem auxiliado diversos homens a compreenderem suas dores e, a despeito delas, seguirem em frente.

Daniel Carvalho é pai da Joana e do Antônio. Historiador, Professor, Mestre em História pela UERJ, Doutorando em Saúde Coletiva pelo IFF/FIOCRUZ e pesquisador do GENSEX (Núcleo de estudos sobre gênero, sexualidade e saúde). Também é o Coordenador-Geral do Programa Luto do Homem, primeiro projeto de acolhimento a homens enlutados do país. É um Compassionate Bereavement Care Provider, certificado pela MISS Foundation e pela Elisabeth Kübler-Ross Foundation, ambas no Arizona-EUA e tem atuado como aconselhador no luto em diversos projetos de acolhimento e suporte a pessoas enlutadas.

Caso queira ajudar com trabalho voluntário, inclusive de forma remota, ou suporte material entrar em contato pelo Instagram no perfil:

@lutodohomem

Site:

https://lutodohomem.com.br/

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A morte é um processo que está em nós desde o momento em que somos concebidos. E mesmo sendo uma certeza na vida de todos, as pessoas ainda não se sentem confortáveis com o assunto. A Tanatologia vem estudando e buscando compreender o processo de morte e morrer, o processo de luto e ressignificação, nesse episódio vamos refletir um pouquinho sobre o Viver e a importância de fazer isso com consciência da finitude. 

Desejamos que as pessoas vivam o “Carpe Diem”, antigo lema romano que significa “aproveite o dia”, porque não sabemos quando iremos morrer.

Talvez morrêssemos mais felizes se transformássemos a prática de nossas vidas na prosa poética de Mario Quintana: 

“Os outros meninos, um queria ser médico, outro pirata, Outro engenheiro, ou advogado, ou general. Eu queria ser um pajem medieval… Mas isso não é nada. Hoje eu queria ser uma coisa mais louca: eu queria ser eu mesmo!”

Links:

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Beleza oculta, disponivel no HBOMax

Instagram Tatiane Alvim: @psicologatatialvim

https://www.sympla.com.br/play/percursos-para-a-morte/1383685

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Já pensou no que é Magia ??

Provavelmente quando ouve esta expressão o passa em sua mente são imagens de homens e mulheres envoltos em mantos coloridos executando gestos coreografados enquanto entoam palavras incompreensíveis e disparando bolas de fogo ou raios na sequencia.

Contudo segundo tradições místicas, esotéricas e até mesmo religiosas, a magia é uma forma de interação do Homem com tudo que o cerca: a natureza, o micro e o macro cosmos e sua existência material.

Aleister Crowley, para alguns a grande besta ou o homem mais ímpio que já existiu na face da Terra, para outros um magista e ocultista que estava a frente do seu tempo e que trouxe à luz segredos guardados por séculos dentro de baús empoeirados escondidos no seio de Ordens Ocultas seculares. Participante de diferentes Ordens fechadas e da conhecida Ordem Hermética da Aurora Dourada, a Hermetic Order of the Golden Dawn, ele irá realizar um trabalho esotérico que irá sacudir todo o futuro das ditas ciências ocultas.

Durante seus estudos arcanos, parte em viagem de núpcias para o Egito, onde durante a realização de alguns rituais trava contato com Aiwass, o ministro e mensageiro de Hoor-paar-kraat, que lhe dita o Liber Al vel Legis ou o Livro da Lei que apresenta toda a liturgia do Novo Aeon. 

Obra inspirada e que será a base da criação da Thelema, que é para alguns é um caminho mágico, para outros uma religião e para muitos uma filosofia de vida.

Thelema prega entre outras coisas a liberdade e a importância do viver momentos.

Mas de que forma os seguidores desta caminho místico de onde se originam algumas frases, por muitas vezes incompreendidas como “Faz o que tu queres há ser o todo da Lei” ou “Que não existe deus senão o homem” lidam com a Morte.

Convidamos você a abrir a mente e conhecer um pouco da Thelema e suas visões neste episódio com a participação do Host do Podcast "Foco de Pestilência" e membro do Calen "Collegium ad Lux et Nox" uma escola de divulgação do Iluminismo Científico no século XXI.

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África …

O sol a pino …. castigando homens … mulheres … adolescentes … crianças

Pessoas que foram arrancadas de seu povo … passaram por um cruel ritual em torno de um baoba … aguardam ansiosas e amedrontadas por um destino incerto

Embarcadas em porões escuros, quentes e mal ventilados de navios … os quais mais se assemelham a tumbas … nagos, yorubas, bantus, ashantis, jejes, males, fulas e uma infinidade de outras etnias seguem um destino que não escolheram … um destino em terras distantes e que irá apagar não somente suas identidades, mas também suas origens 

A gênese do Brasil como país está ligada de forma inegável a escravidão … E desde período era necessário resistir … 

E um dos focos de resistência foi a religião. Nasce no Brasil o Candomblé.. religião Afro-brasileira formada a partir de tradições destes povos 

Seu começo se deu na Bahia século XIX, pelos escravos trazidos da África Ocidental...  As ideias sobre vida e morte, nascimento e reencarnação, assim como o culto aos antepassados e aos orixás, reproduziram-se no Brasil e desde então sofre com o preconceito e a dificuldade de se "instalar"....

 Foi proibida e criminalizada pela igreja católica por não mencionar os santos católicos, alvo de preconceito e discriminação

Mas conhecer seus rituais e sua visão de mundo vamos perceber que, mesmo não entendendo perfeitamente toda sua religiosidade … poderemos ouvir o canto dos orixás e sentir essa liberdade centenária.

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"A morte, surda, caminha ao meu lado

E eu não sei em que esquina ela vai me beijar

...

Um acidente de carro ou

Um escorregão idiota, num dia de sol, a cabeça no meio-fio"

"Canto para minha morte" - Raul Seixas

Como cantou Raul a  Morte pode pegar o Homem de surpresa e este talvez, não tenha tempo para refletir naquele milésimo de segundo onde se rompe o fio da vida o que lhe acontece. 

Mas e quando estamos com o corpo adoecido, sabendo que tudo que era possível ser feito pela ciência tradicional já se esgotou e o que sobra é aguardar o momento de nos confrontamos com a Morte.

Um momento cercado de dúvidas, medos, ressentimentos, ansiedades. Será que é possível encontrar a paz e a tranquilidade para se enfrentar o fim inexorável ?

Será que é possível acolher nos momentos finais quem sabe que está deixando este plano para uma viagem cujo destino é incerto e desafiador ?

Para tentar responder estas e outras perguntas conversamos hoje com o professor Alexandre Silva, graduado em Enfermagem pela Unifal. Doutor em temática dos cuidados paliativos pela UFMG com sanduíche na Universidade Católica Portuguesa - Lisboa/Portugal. Professor Adjunto III da Universidade Federal de São João Del Rei nos cursos de Enfermagem e Medicina. Membro e pesquisador voluntário do Grupo de Estudo e Pesquisa em Cuidados Paliativos da Escola Nacional de Saúde Pública da FIOCRUZ. Autor do livro: Cuidados paliativos na atenção primária à saúde. Fundador e líder do Projeto "Comunidades Compassivas em favelas no Brasil". Coordenador da pós-graduação em cuidados paliativos da Universidade Federal de São João Del Rei. 

O projeto "Comunidades Compassivas em favelas no Brasil" visa atender pessoas que estejam recebendo cuidados paliativos em favelas no Rio de Janeiro, Minas Gerais, São Paulo e Goiás. 

Caso queira ajudar com trabalho voluntário, inclusive de forma remota, ou suporte material entrar em contato pelo Instagram nos seguintes perfis:

Comunidade compassiva: @comunidade_compassiva 

Prof. Alexandre Silva: @profalexsilva

Links:

"A morte é um dia que vale a pena viver: E um excelente motivo para se buscar um novo olhar para a vida" - Ana Claudia Quintana Arantes - ‎                                  Editora Sextante

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Site Comunidade Compassiva:

https://www.comunidadecompassiva.com.br/

"Canto para minha morte" - Raul Seixas:

https://open.spotify.com/track/7xPFeH7wnpLC6Z3opkXYIK?si=a315b052088d4996

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