Na atualidade, independente de tamanho ou área de atuação, as empresas enfrentam diversos desafios que desde o princípio acabam tendo que passar pela orientação e direcionamento do RH: as incertezas e instabilidade do mercado econômico, a pandemia e seus efeitos na vida das pessoas e no modelo de trabalho, como sensibilizar o CEO ou responsável da empresa de que projetos de mudança de cultura, entre outros são necessários para revitalização da instituição, a velocidade das mudanças, os avanços tecnológicos com seus efeitos benéficos, mas também com a possibilidade sempre presente de substituírem as pessoas em seus empregos, a utilização das redes sociais e como saber gerenciar essa comunicação para que limites de vínculo empregatício e ético não sejam ultrapassados, adoecimentos das pessoas no ambiente de trabalho ou fora dele (o que gera impacto na dinâmica da empresa). Associado a tudo isso a pessoa profissional de RH tem ainda que lidar com as rotinas do dia a dia que são desafiadoras na sua manutenção, desenvolvimento e aprimoramento, tais como seleção e entrevista de candidatos a vagas de emprego, folha de pagamento, desligamento de pessoal, que pode gerar sofrimento emocional não só no desligado, mas na própria pessoa do RH que por sua dinâmica de trabalho na empresa estabelece relações com essas pessoas. Sendo assim, existe ainda esse outro lado, que é o do efeito que toda essa dinâmica na empresa e fora dela gera na pessoa que atua no RH. Dessa forma, as incertezas e esgotamento do RH não se situam apenas nos outros, sejam eles, o CEO da empresa, os colaboradores, os clientes etc, mas também nessa própria pessoa do RH, humana e que lida com dinâmicas e processos que fazem surgir stress, fadiga, cansaço, entre tantos outros. Diante de tantos desafios enfrentados por essa pessoa profissional de RH, nas relações trabalhistas, mas também nas suas outras relações como pensar mecanismos, práticas e modos de vida para esse grupo que os ajude a não incorrerem em esgotamento emocional? Como tornar possível um RH humanizado nas empresas e que ao mesmo tempo não esqueça que esse desafio começa no cuidado das própias pessoas do RH? Em termos de um futuro que parece se avizinhar e pensando nas inteligências artificiais que se desenvolvem em um ritmo cada vez mais veloz, é possível pensar que tais inteligências irão substituir algum dia a pessoa profissional do RH?
No episódio de hoje, Dani Viana e Tati Santarelli, Sócias da Teamhub, conversam com Camila Pires, (HR business partner do Banco Inter e especialista em gestão de pessoas) e Kátia Rocha (Especialista em elaboração de estratégias de recursos humanos, gestão e ESG e fundadora da Flow Change Consultoria).